As melhores emoções são aquelas que são sentidas, tão intensas que nem passar para o papel conseguimos. Pensamos que vamos sufocar com tudo, ao mesmo tempo que rejubilamos de alegria. E são aquelas que não precisam de ser ditas porque são mostradas em cada palavra trocada, em cada gesto que se faz, em cada olhar cúmplice lançado. E por muito que não precisem de ser ditas, damos por nós a pronunciá-las num acto sincero de amor. E por muito que que não precisem de ser ditas, damos por nós a desejar intensamente ouvi-las... Tão confuso que pode ser! Tão belo que arrepia.
Se é sincero, só nós sabemos. E fazemos questão de mostrar ao outro que o é. Mesmo que não seja preciso.
Vivemos numa espécie de bolha, num universo paralelo, construído por duas pessoas, para apenas duas pessoas. E essa bolha só pode ser rebentada se essas duas pessoas assim o quiserem.
Por mais tempo que passe, por mais espaço que separe, vai apenas fortalecer o que é sentido.
E por muito que se queira escrever, sabemos que assim que começamos tudo se esvai, porque não há palavras que descrevam tudo. É pouco, é vazio, é inútil, até por vezes frustrante. Mas é a melhor sensação do mundo!