Desde há muito tempo que não me sentia assim. Hoje sentei-me com o portátil sobre as pernas (o novo, pequeno, leve e lindo portátil com o qual o meu papá me presenteou ontem, em virtude do meu se ter avariado há coisa de 5 meses). As minhas mãos fizeram o reconhecimento ao espaço, um espaço novo e diferente daquele a que estava habituada. Passei a ponta dos dedos por cima de cada uma das teclas, sentindo o prazer de perceber que automaticamente elas iam à procura de uma determinada tecla, reconhecendo que havia trabalho para ser feito.
Abri uma folha de texto do word. Havia sentido, há umas semanas, uma vontade imensa de esrever. Mas nunca gostei de o fazer em papel. Primeiro porque acho que é gastar folhas e canetas desnecessarimente. É claro que gosto de sentir a caneta deslizar no papel, o cheiro da tinta fresca em cima dele. Mas também gosto de ser ecológica e por isso mesmo não o faço. Gosto demasiado de poder escrever tudo e com o simples carregar de tecla poder também apagar tudo o que foi feito.
Ao abrir a folha do word, automaticamente as palavras omeçaram a fluir, livremente, ocupando o espaço que há muito lhes pertencia. Pela primeira vez em já algum tempo senti-me novamente preenchida, como se agora pudesse novamente mostrar a minha verdadeira essência, e escrevi. Simplesmente esrevi. Muito e muito!